Dente de Leite é Coisa Séria: Por Que Cuidar Mesmo Sabendo Que Vai Cair?


Você já ouviu alguém dizer: “Não precisa se preocupar, esse dente vai cair mesmo!”?


 Essa frase, comum entre pais e cuidadores, reflete um mito perigoso. O dente de leite, também chamado de dente decíduo, é essencial para o desenvolvimento saudável da criança — e negligenciar seus cuidados pode causar problemas sérios e duradouros.

 De acordo com o Ministério da Saúde, mais de 50% das crianças brasileiras entre 5 e 9 anos têm cáries em dentes de leite. Essas lesões, além de causarem dor e infecções, podem prejudicar a alimentação, a fala, o crescimento dos dentes permanentes e até a autoestima infantil.


Como destaca a odontopediatra Dra. Daniela Hildebrand, "um dente de leite mal cuidado pode afetar diretamente a formação e a saúde do dente permanente que está nascendo logo abaixo".


Neste artigo, vamos mostrar por que cuidar dos dentes de leite é um passo fundamental para a saúde bucal e sistêmica da criança.


Se você busca por temas como “dente de leite dói?”, “dente de leite precisa tratar cárie?” ou “importância do dente de leite”, este conteúdo é para você!


✅ O que são os dentes de leite?

Os dentes decíduos, popularmente conhecidos como dentes de leite, são os primeiros dentes a surgir na boca da criança — geralmente entre os 6 meses e os 3 anos de idade.


Ao todo, são 20 dentes temporários, que irão preparar o caminho para os permanentes, que surgem por volta dos 6 anos.


Apesar de temporários, eles desempenham funções permanentes na saúde da criança.


✅ Para que servem os dentes de leite?

🔹 Mastigação adequada: contribui para uma nutrição equilibrada e digestão saudável.
🔹
Desenvolvimento da fala: ajudam na pronúncia correta das palavras.
🔹
Espaço para os permanentes: mantêm o alinhamento e a posição correta dos dentes futuros.
🔹
Estética e autoestima: um sorriso bonito e saudável impacta diretamente na segurança emocional da criança.
🔹
Respiração e deglutição: dentes bem posicionados favorecem o bom funcionamento das funções orais.

Quando um dente de leite é perdido precocemente, o espaço pode ser fechado pelos dentes vizinhos — atrapalhando a erupção correta dos permanentes.


✅ Dente de leite com cárie precisa tratar?

Sim. Sempre. Mesmo que vá cair, um dente cariado pode gerar infecções graves, dores intensas e comprometer o germe do dente permanente.


Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a cárie é a doença crônica mais comum na infância — atinge cerca de 60% das crianças no mundo.


Além disso, a cárie em dentes decíduos pode evoluir rapidamente, levando à:

  • Infecção da polpa (canal)
  • Abscessos
  • Inchaços no rosto
  • Comprometimento ósseo
  • Perda precoce do dente
  • Risco sistêmico (febre, bacteremia)


✅ Quais os riscos de não cuidar do dente de leite?

  • Dor e sofrimento
  • Falta de apetite
  • Problemas na fala
  • Baixo rendimento escolar
  • Perda do espaço para o dente permanente
  • Tratamentos futuros mais complexos e caros


A negligência pode causar prejuízos funcionais, sociais e emocionais.


✅ Como cuidar dos dentes de leite?

🪥 Escovação supervisionada com creme dental com flúor
🦷
Uso de fio dental desde cedo
🥗 Alimentação equilibrada com baixa ingestão de açúcar
🚱 Evitar mamadeira noturna ou sucos adoçados à noite
👩‍⚕️ Visitas regulares ao odontopediatra (a cada 6 meses)
🧃 Evitar consumo constante de sucos e bebidas ácidas


Importante: Crianças pequenas não têm coordenação suficiente para escovar corretamente. Os pais devem escovar ou, no mínimo, revisar a escovação até os 7 anos de idade.


✅ Quando levar ao odontopediatra?

A primeira consulta deve ocorrer até o primeiro ano de vida — mesmo que nenhum dente tenha nascido ainda.


Depois disso, o ideal é consultar o odontopediatra:

  • A cada 6 meses (prevenção)
  • Ao perceber dor, sangramento, manchas ou mobilidade atípica
  • Antes de iniciar o uso de aparelhos ortodônticos
  • Ao perder dentes precocemente


O profissional poderá diagnosticar precocemente qualquer alteração e garantir um desenvolvimento bucal saudável.


✅ Dente de leite amolecendo: devo me preocupar?

Depende. O processo natural de troca geralmente começa por volta dos 6 anos.


Porém, se o dente
amolecer muito cedo (antes dos 4 anos) ou for perdido por trauma, infecção ou cárie, é importante consultar o dentista para verificar a necessidade de:


  • Mantenedor de espaço
  • Radiografia
  • Avaliação do dente permanente subjacente


Conclusão

Dente de leite é coisa séria, sim! Tratar, cuidar e prevenir desde os primeiros meses de vida é um investimento no desenvolvimento saudável da criança — e evita muitos problemas no futuro.


Cuidar do sorriso da criança é cuidar da sua fala, nutrição, autoestima, respiração e saúde como um todo.

A odontopediatria é essencial para garantir que esse cuidado aconteça com carinho, técnica e acolhimento.



A Dra. Daniela Hildebrand é odontopediatria em Brasília  e oferece um cuidado completo voltado para bebês, crianças e adolescentes.


Atua com foco em aleitamento, neonatologia, habilitação em laser e sedação, sempre priorizando segurança, acolhimento e precisão no diagnóstico. Sua experiência clínica garante avaliações detalhadas e tratamentos adequados para cada fase do desenvolvimento infantil.


A clínica conta com atendimento de urgências  e estrutura preparada para acompanhar famílias com conforto e orientação clara.

Informações e agendamentos pelos números (61) 3264 0555 ou (61) 99277 3676

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O "Agosto Dourado" é um mês dedicado à promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno. Vamos valorizar sua importância para saúde do bebê e sua influencia sistêmica para saúde mais plena do bebê. O leite materno é um alimento com diversos benefícios. Mais do que saciar a fome, ele é fonte plena de saúde. É, naturalmente, indispensável nos primeiros momentos da existência. A recomendação mundial é que o aleitamento materno seja exclusivo até os 6 meses e complementada até pelo menos 2 anos. O Pré-Natal Odontológico é fundamental para adequada preparação da mãe neste processo, assim como, sua influência para saúde bucal e sistêmica da mãe e do bebê. Confira 7 verdades plenas de saúde: 1 O LEITE MATERNO É UMA “VACINA” NATURAL PARA O BEBÊ. Estudos tem demonstrado que leite materno atua como uma “vacina” natural, sendo a maneira mais eficiente de prevenir doenças infecciosas no início da vida. Durante a amamentação ocorre a transferência de imunoglobulinas antimicrobianas maternas. Isso promove uma imunidade passiva à criança amamentada enquanto seu sistema imunológico está amadurecendo. De acordo com o estado imunológico materno, e nutrientes encontrados no leite materno, respostas imunes regulatórias podem ser induzidas a longo prazo nos bebês amamentados. 2 O LEITE MATERNO PODE TER EFEITO PROTETOR CONTRA OBESIDADE INFANTIL O aumento da obesidade infantil é uma grande preocupação em saúde pública. Muitos estudos têm demostrado que o aleitamento materno tem um efeito protetor significativo contra obesidade em crianças. 3 O LEITE MATERNO TEM POTENCIAL DE PREVENIR DOENÇAS ALÉRGICAS Eczemas, alergias alimentares e asma são as doenças alérgicas crônicas mais comuns na infância em muitos países. Existem evidências que eventos ocorridos no início da vida, tais como variações nos padrões de amamentação, dieta materna, exposição ao ambiente e micro-organismos podem ser importantes na sua evolução. O leite humano tem imenso potencial na prevenção de grande parte das doenças alérgicas. 4 O LEITE MATERNO PODE DIMINUIR A INCIDÊNCIA DE LEUCEMIA NA INFÂNCIA A amamentação é uma medida de saúde pública altamente acessível e de baixo custo. Estudos indicam que a promoção do aleitamento materno por 6 meses ou mais pode ajudar a diminuir a incidência de leucemia na infância, além de outros benefícios para a saúde de crianças e mães. 5 O LEITE MATERNO É FATOR DE PROTEÇÃO CONTRA OTITE A otite média é a principal causa da prescrição de antibióticos em crianças. Dois terços de todas as crianças pelo menos já experimentam um episódio de otite média antes dos 7 anos de idade. Estudos indicam que o Aleitamento materno é um fator de proteção contra a otite média na infância. 6 CRIANÇAS AMAMENTADAS TEM 35% MENOS CHANCES DE TER DIABETES TIPO 2 Estudos de alta qualidade indicam que a amamentação diminuiu as chances de diabetes tipo 2. Indivíduos amamentados também foram menos propensos a serem obesos e apresentaram pressão arterial sistólica menor. 7 O LEITE MATERNO PROTEGE CONTRA INFECÇÕES DO TRATO RESPIRATÓRIO O aleitamento materno protege a criança contra infeções do trato respiratório superior e inferior. A duração da amamentação por 6 meses ou mais está associada a um risco reduzido de infecções do trato respiratório em crianças pré-escolares. Esses achados são compatíveis com a hipótese de que o efeito protetor da amamentação para infecções do trato respiratório persiste após a infância, portanto sustentando a recomendação atual para amamentação por pelo menos 6 meses. FONTE: SBP – Sociedade Brasileira de Pediatria
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Normalmente, quando pensamos em bactérias, construímos uma imagem negativa, associada a doenças e problemas. Esse é um viés de julgamento errado, sustentado por meias verdades. Por isso, como tudo na vida, precisamos ir mais a fundo para chegarmos aos fatos da mais consistente realidade. Fatos essenciais - entendendo a Microbiota Bucal A cavidade bucal - um ambiente predominantemente quente, fonte de nutrientes e água - é um ambiente ideal para a colonização destes micro-organismos, com diversas estruturas que podem ser morada de bactérias, como os nossos dentes, a língua e a gengiva. Logo, temos em nossa boca uma rica diversidade de micro-organismos: arqueas, bactérias, fungos, protozoários e vírus. As bactérias são os micro-organismos mais predominantes e formam um ecossistema de aproximadamente 700 espécies. Quando essa diversidade entra em desequilíbrio surgem os problemas bucais! O desequilíbrio entre as bactérias boas e ruins O ponto mais relevante desta lógica é entender que a nossa microbiota bucal é composta por micro-organismos “bons”e “ruins”, que devem coexistir de maneira harmônica e equilibrada, entre si e com o hospedeiro. Os lactobacilos são importantes para a digestão dos alimentos e a proteção da cavidade oral contra patógenos. Existem também os famosos Streptococcus mutans e Porphyromonas gingivalis, que podem ser prejudiciais, quando presentes em grande número. Em crianças, jovens e adultos com boa higiene bucal, as bactérias "boas" e "ruins" coexistem de forma equilibrada. Mas se por algum motivo nossa microbiota é modificada, podemos ter nesse desequilíbrio a origem de diversos problemas bucais. Disbiose e as doenças bucais Quando as bactérias ruins dominam a cavidade bucal, criam o ambiente ideal para o surgimento de uma série de doenças bucais. Placa bacteriana e Tártaro Estimuladas pela má higienização, as bactérias do “mal”, começam a proliferar. Esse aglomerado excessivo de bactérias “ruins” adere na superfície dos dentes, formando um Biofilme sobre ele: a famosa placa bacteriana. Quando o biofilme endurece forma o tártaro. A cárie A placa bacteriana e consequentemente, o tártaro serão só uma das consequências da disbiose bucal. O aumento das bactérias “ruins” começará a promover uma série de doenças bucais, como a cárie, gengivite, periodontite, entre outras. O desequilíbrio da microbiota promove o aumento do número de Streptoccus mutans, consequentemente, uma maior produção de ácidos que atacam o esmalte e a dentina dentária, estimulando o risco de desenvolvimento de cáries. Gengivite É nesse mesmo ambiente hostil que ganham terreno microorganismos como o P.gingivalis, capazes de induzir reações inflamatórias na junção gengival-dentária, e originar a gengivite e consequentemente, a periodontite. A gengivite é a forma mais comum e leve da doença periodontal. Ela provoca irritação, vermelhidão e inflamação na gengiva que circunda a base dos dentes. Quando não é tratada pode evoluir para uma doença gengival mais severa: a periodontite. A periodontite é a inflamação crônica das gengivas e toda estrutura de suporte dos dentes (osso e ligamento periodontal). Seus sintomas são sangramento das gengivas, mau hálito, mudanças no posicionamento dos dentes, recessão gengival (alongamento dos dentes), perda óssea e dor. Como prevenir a Disbiose Bucal Bom, não restam dúvidas de que a higienização é parte essencial de prevenção e manutenção de uma microbiota bucal equilibrada. Isso envolve escovar os dentes por dois minutos pelo menos três vezes por dia, sem esquecer de higienizar a língua. E fazer uso do fio dental pelo menos uma vez por dia. Mas podemos e devemos aprofundar prevenção, integrando nutrientes ao nosso organismo, que fortaleçam tanto nossa saúde sistêmica como a bucal. Logo, os cuidados com a alimentação da criança devem ser diários e serão decisivos para um ambiente bucal mais saudável. Dietas pobres, baseadas em industrializados, ricas em açúcares serão sempre prejudiciais para o equilíbrio da microbiota bucal da criança. O uso de probióticos na saúde bucal Os probióticos já ganham reconhecimento, normalmente focados na área gastrointestinal. Novos estudos têm associado o consumo de cepas probióticas – que contém microrganismos vivos – para auxiliar na prevenção e tratamento da saúde bucal, como reforço ao combate da disbiose oral, com diferentes cepas probióticas indicadas para cada caso, que atuam como escudos de proteção contra disbiose, ajudando a promover a harmonia da microbiota oral. Lactobacillus rhamnosus, Lactobacillus pentosus, Lactobacillus plantarum, Lactobacillus rhamnosus, Lactobacillus delbrueckii subsp. bulgaricus são exemplos de cepas probióticas que ajudam a manter uma microbiota bucal mais saudável. CONSULTE SUA ODONTOPEDIATRA REGULARMENTE Crianças precisam visitar seu dentista a cada 3 a 6 meses. Acompanhar não somente possíveis doenças, mas prevenir um ambiente fértil e equilibrado, logo saudável para boca. Isso é saúde bucal!