Gengivite em Crianças: Sinais, Causas e Como Prevenir | Odontopediatria


Você sabia que gengivite não é “coisa de adulto”?



Apesar de pouco falada, a gengivite infantil é uma condição comum e preocupante, podendo indicar desequilíbrios importantes na saúde bucal da criança. Sinais como sangramento durante a escovação, mau hálito, gengivas vermelhas ou doloridas não devem ser ignorados.

Segundo dados recentes da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP, 2024), aproximadamente 40% das crianças já apresentam algum grau de inflamação gengival — muitas vezes decorrente de higiene inadequada, respiração bucal, alterações hormonais ou dieta rica em açúcar.


Além de afetar o conforto e a autoestima da criança, a gengivite pode influenciar a mastigação, o sono, o aprendizado e até o desenvolvimento dos dentes permanentes.


Como reforça a odontopediatra Dra. Daniela Hildebrand, "a gengivite infantil é um sinal de alerta importante porque mostra que a saúde bucal já está sendo afetada antes mesmo da chegada dos dentes permanentes".


🔎 Se você busca informações sobre gengivite infantil, sangramento na escovação, mau hálito em crianças ou como prevenir doenças na gengiva na infância, este guia completo é para você.


✅ O que é gengivite infantil?

A gengivite é uma inflamação da gengiva causada principalmente pelo acúmulo de placa bacteriana ao redor dos dentes. Essa inflamação afeta o tecido gengival, podendo causar desconforto, sensibilidade e sangramento.


Embora seja mais conhecida entre adultos, a gengivite infantil é muito comum — e quando identificada precocemente, é totalmente reversível.


✅ O que causa gengivite em crianças?

A principal causa é o acúmulo de placa bacteriana, um biofilme composto por bactérias que se forma constantemente sobre os dentes. Sem escovação adequada, essa placa irrita os tecidos gengivais, provocando inflamação.


 Principais fatores:

  • Higienização bucal inadequada
  • Acúmulo de placa e tártaro
  • Respiração bucal
  • Alimentação rica em açúcar e ultraprocessados
  • Alterações hormonais (especialmente na pré-adolescência)
  • Baixa ingestão de água
  • Hábitos de sucção prolongados
  • Imaturidade motora para escovar corretamente

Crianças que respiram pela boca apresentam maior risco de gengivite, pois a saliva diminui, reduzindo a proteção natural da gengiva.


✅ Sinais e sintomas: como identificar gengivite infantil

Pais e cuidadores devem observar atentamente o comportamento da criança e os sinais apresentados na boca.


 Principais sintomas:

🔹 Sangramento ao escovar ou mastigar
🔹 Gengiva inchada, vermelha ou dolorida
🔹 Mau hálito persistente
🔹 Recuo gengival
🔹 Placa visível
🔹 Sensibilidade


Esses sinais podem indicar inflamação ativa e exigem avaliação profissional.


✅ Gengivite pode gerar problemas futuros?

Sim. Se não tratada, a gengivite pode evoluir para condições mais graves, como a periodontite, que compromete os tecidos de suporte dos dentes.


Possíveis consequências:

  • Dor intensa
  • Dificuldade de mastigar
  • Infecções recorrentes
  • Perda precoce de dentes de leite
  • Alteração na erupção dos dentes permanentes
  • Risco aumentado para inflamações sistêmicas


Por isso, a prevenção e o tratamento precoce são fundamentais.


✅ Como prevenir a gengivite em crianças

A prevenção é simples e pode ser incorporada à rotina familiar.


 Medidas recomendadas:

🪥 Escovação após as refeições e antes de dormir
🦷 Uso de fio dental diariamente (inclusive em crianças)
🍎
Alimentação balanceada
🚱 Redução do consumo de açúcar e ultraprocessados
💧
Hidratação adequada
👶 Consultas regulares com o odontopediatra
😮‍💨 Avaliação da respiração bucal


Crianças de até 6–7 anos ainda precisam de supervisão para escovar corretamente.


 ✅ Qual profissional procurar?

O odontopediatra é o especialista ideal para diagnosticar e tratar gengivite infantil.


Ele realiza:

  • Avaliação clínica detalhada
  • Limpeza profissional
  • Orientação para os pais
  • Acompanhamento preventivo
  • Encaminhamento multidisciplinar (se necessário)


O tratamento precoce interrompe a inflamação, reduz a dor e previne danos futuros.


✅ Gengivite é contagiosa?

A doença em si não é contagiosa, mas as bactérias que a causam podem ser transmitidas pela saliva.


Por isso, hábitos como:

  • Assoprar comida
  • Compartilhar talheres
  • Beijos na boca devem ser evitados com bebês e crianças pequenas.


✅ Respiração bucal e gengivite

A respiração bucal altera o fluxo de saliva e reduz sua capacidade natural de proteger gengivas e dentes.


Consequências:

  • Boca seca
  • Maior acúmulo de placa
  • Mau hálito
  • Inflamação frequente
  • Risco aumentado de cáries
  • Alterações no crescimento facial
  • Distúrbios do sono


Por isso, é essencial identificar e tratar essa condição.


✅ Quando levar a criança ao odontopediatra


🟣 Se houver:

  • Sangramento gengival
  • Gengiva vermelha ou inchada
  • Mau hálito persistente
  • Dor ao mastigar
  • Placa visível
  • Mudança no comportamento por dor

Independente disso, recomenda-se consulta regular a cada 6 meses.


✅ Como é o tratamento da gengivite infantil?

O tratamento é simples e consiste em:

  1. Limpeza profissional (remoção de placa e tártaro)
  2. Orientação sobre escovação e fio dental
  3. Revisão de hábitos alimentares
  4. Avaliação respiratória
  5. Acompanhamento periódico


Com cuidados adequados, a inflamação costuma regredir em poucos dias.


✅ Conclusão

A gengivite infantil é comum, mas não pode ser ignorada. A inflamação gengival pode afetar a criança física, emocional e socialmente — interferindo no crescimento, aprendizado e comportamento.


A boa notícia é que a gengivite é altamente prevenível e reversível quando identificada cedo. Com hábitos simples e acompanhamento especializado, é possível garantir uma infância com mais saúde, conforto e sorrisos felizes.

 

Cuidar hoje é proteger o sorriso de amanhã.


A Dra. Daniela Hildebrand é odontopediatria em Brasília e oferece um cuidado completo voltado para bebês, crianças e adolescentes.


Atua com foco em aleitamento, neonatologia, habilitação em laser e sedação, sempre priorizando segurança, acolhimento e precisão no diagnóstico. Sua experiência clínica garante avaliações detalhadas e tratamentos adequados para cada fase do desenvolvimento infantil.


A clínica conta com atendimento de urgências e estrutura preparada para acompanhar famílias com conforto e orientação clara.

Informações e agendamentos pelos números (61) 3264 0555 ou (61) 99277 3676

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O "Agosto Dourado" é um mês dedicado à promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno. Vamos valorizar sua importância para saúde do bebê e sua influencia sistêmica para saúde mais plena do bebê. O leite materno é um alimento com diversos benefícios. Mais do que saciar a fome, ele é fonte plena de saúde. É, naturalmente, indispensável nos primeiros momentos da existência. A recomendação mundial é que o aleitamento materno seja exclusivo até os 6 meses e complementada até pelo menos 2 anos. O Pré-Natal Odontológico é fundamental para adequada preparação da mãe neste processo, assim como, sua influência para saúde bucal e sistêmica da mãe e do bebê. Confira 7 verdades plenas de saúde: 1 O LEITE MATERNO É UMA “VACINA” NATURAL PARA O BEBÊ. Estudos tem demonstrado que leite materno atua como uma “vacina” natural, sendo a maneira mais eficiente de prevenir doenças infecciosas no início da vida. Durante a amamentação ocorre a transferência de imunoglobulinas antimicrobianas maternas. Isso promove uma imunidade passiva à criança amamentada enquanto seu sistema imunológico está amadurecendo. De acordo com o estado imunológico materno, e nutrientes encontrados no leite materno, respostas imunes regulatórias podem ser induzidas a longo prazo nos bebês amamentados. 2 O LEITE MATERNO PODE TER EFEITO PROTETOR CONTRA OBESIDADE INFANTIL O aumento da obesidade infantil é uma grande preocupação em saúde pública. Muitos estudos têm demostrado que o aleitamento materno tem um efeito protetor significativo contra obesidade em crianças. 3 O LEITE MATERNO TEM POTENCIAL DE PREVENIR DOENÇAS ALÉRGICAS Eczemas, alergias alimentares e asma são as doenças alérgicas crônicas mais comuns na infância em muitos países. Existem evidências que eventos ocorridos no início da vida, tais como variações nos padrões de amamentação, dieta materna, exposição ao ambiente e micro-organismos podem ser importantes na sua evolução. O leite humano tem imenso potencial na prevenção de grande parte das doenças alérgicas. 4 O LEITE MATERNO PODE DIMINUIR A INCIDÊNCIA DE LEUCEMIA NA INFÂNCIA A amamentação é uma medida de saúde pública altamente acessível e de baixo custo. Estudos indicam que a promoção do aleitamento materno por 6 meses ou mais pode ajudar a diminuir a incidência de leucemia na infância, além de outros benefícios para a saúde de crianças e mães. 5 O LEITE MATERNO É FATOR DE PROTEÇÃO CONTRA OTITE A otite média é a principal causa da prescrição de antibióticos em crianças. Dois terços de todas as crianças pelo menos já experimentam um episódio de otite média antes dos 7 anos de idade. Estudos indicam que o Aleitamento materno é um fator de proteção contra a otite média na infância. 6 CRIANÇAS AMAMENTADAS TEM 35% MENOS CHANCES DE TER DIABETES TIPO 2 Estudos de alta qualidade indicam que a amamentação diminuiu as chances de diabetes tipo 2. Indivíduos amamentados também foram menos propensos a serem obesos e apresentaram pressão arterial sistólica menor. 7 O LEITE MATERNO PROTEGE CONTRA INFECÇÕES DO TRATO RESPIRATÓRIO O aleitamento materno protege a criança contra infeções do trato respiratório superior e inferior. A duração da amamentação por 6 meses ou mais está associada a um risco reduzido de infecções do trato respiratório em crianças pré-escolares. Esses achados são compatíveis com a hipótese de que o efeito protetor da amamentação para infecções do trato respiratório persiste após a infância, portanto sustentando a recomendação atual para amamentação por pelo menos 6 meses. FONTE: SBP – Sociedade Brasileira de Pediatria
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Normalmente, quando pensamos em bactérias, construímos uma imagem negativa, associada a doenças e problemas. Esse é um viés de julgamento errado, sustentado por meias verdades. Por isso, como tudo na vida, precisamos ir mais a fundo para chegarmos aos fatos da mais consistente realidade. Fatos essenciais - entendendo a Microbiota Bucal A cavidade bucal - um ambiente predominantemente quente, fonte de nutrientes e água - é um ambiente ideal para a colonização destes micro-organismos, com diversas estruturas que podem ser morada de bactérias, como os nossos dentes, a língua e a gengiva. Logo, temos em nossa boca uma rica diversidade de micro-organismos: arqueas, bactérias, fungos, protozoários e vírus. As bactérias são os micro-organismos mais predominantes e formam um ecossistema de aproximadamente 700 espécies. Quando essa diversidade entra em desequilíbrio surgem os problemas bucais! O desequilíbrio entre as bactérias boas e ruins O ponto mais relevante desta lógica é entender que a nossa microbiota bucal é composta por micro-organismos “bons”e “ruins”, que devem coexistir de maneira harmônica e equilibrada, entre si e com o hospedeiro. Os lactobacilos são importantes para a digestão dos alimentos e a proteção da cavidade oral contra patógenos. Existem também os famosos Streptococcus mutans e Porphyromonas gingivalis, que podem ser prejudiciais, quando presentes em grande número. Em crianças, jovens e adultos com boa higiene bucal, as bactérias "boas" e "ruins" coexistem de forma equilibrada. Mas se por algum motivo nossa microbiota é modificada, podemos ter nesse desequilíbrio a origem de diversos problemas bucais. Disbiose e as doenças bucais Quando as bactérias ruins dominam a cavidade bucal, criam o ambiente ideal para o surgimento de uma série de doenças bucais. Placa bacteriana e Tártaro Estimuladas pela má higienização, as bactérias do “mal”, começam a proliferar. Esse aglomerado excessivo de bactérias “ruins” adere na superfície dos dentes, formando um Biofilme sobre ele: a famosa placa bacteriana. Quando o biofilme endurece forma o tártaro. A cárie A placa bacteriana e consequentemente, o tártaro serão só uma das consequências da disbiose bucal. O aumento das bactérias “ruins” começará a promover uma série de doenças bucais, como a cárie, gengivite, periodontite, entre outras. O desequilíbrio da microbiota promove o aumento do número de Streptoccus mutans, consequentemente, uma maior produção de ácidos que atacam o esmalte e a dentina dentária, estimulando o risco de desenvolvimento de cáries. Gengivite É nesse mesmo ambiente hostil que ganham terreno microorganismos como o P.gingivalis, capazes de induzir reações inflamatórias na junção gengival-dentária, e originar a gengivite e consequentemente, a periodontite. A gengivite é a forma mais comum e leve da doença periodontal. Ela provoca irritação, vermelhidão e inflamação na gengiva que circunda a base dos dentes. Quando não é tratada pode evoluir para uma doença gengival mais severa: a periodontite. A periodontite é a inflamação crônica das gengivas e toda estrutura de suporte dos dentes (osso e ligamento periodontal). Seus sintomas são sangramento das gengivas, mau hálito, mudanças no posicionamento dos dentes, recessão gengival (alongamento dos dentes), perda óssea e dor. Como prevenir a Disbiose Bucal Bom, não restam dúvidas de que a higienização é parte essencial de prevenção e manutenção de uma microbiota bucal equilibrada. Isso envolve escovar os dentes por dois minutos pelo menos três vezes por dia, sem esquecer de higienizar a língua. E fazer uso do fio dental pelo menos uma vez por dia. Mas podemos e devemos aprofundar prevenção, integrando nutrientes ao nosso organismo, que fortaleçam tanto nossa saúde sistêmica como a bucal. Logo, os cuidados com a alimentação da criança devem ser diários e serão decisivos para um ambiente bucal mais saudável. Dietas pobres, baseadas em industrializados, ricas em açúcares serão sempre prejudiciais para o equilíbrio da microbiota bucal da criança. O uso de probióticos na saúde bucal Os probióticos já ganham reconhecimento, normalmente focados na área gastrointestinal. Novos estudos têm associado o consumo de cepas probióticas – que contém microrganismos vivos – para auxiliar na prevenção e tratamento da saúde bucal, como reforço ao combate da disbiose oral, com diferentes cepas probióticas indicadas para cada caso, que atuam como escudos de proteção contra disbiose, ajudando a promover a harmonia da microbiota oral. Lactobacillus rhamnosus, Lactobacillus pentosus, Lactobacillus plantarum, Lactobacillus rhamnosus, Lactobacillus delbrueckii subsp. bulgaricus são exemplos de cepas probióticas que ajudam a manter uma microbiota bucal mais saudável. CONSULTE SUA ODONTOPEDIATRA REGULARMENTE Crianças precisam visitar seu dentista a cada 3 a 6 meses. Acompanhar não somente possíveis doenças, mas prevenir um ambiente fértil e equilibrado, logo saudável para boca. Isso é saúde bucal!