Açúcar - 7 motivos pro seu filho diminuir o consumo

Motivo 1

Ele deve ser evitado até os 2 anos.


A comunidade científica já reconhece o malefício do acesso precoce ao açúcar e que ele deveria ser evitado antes dos 2 anos. Estimativas apontam que 60% das crianças menores de 2 anos comam bolacha, biscoito ou bolo. E quase 1/3 delas tem acesso a refrigerantes!

 

Justamente na fase em que o paladar está se desenvolvendo estão sendo estimuladas percepções prejudiciais que irão acostumar a criança ao “sabor” do açúcar. O paladar “doce” deve ser naturalmente inserido em alimentos como frutas e leite. A 1ª infância é o momento oportuno para estimularmos sabores e gostos, logo a criança deve ser apresentada a uma variedade de verduras, legumes e frutos.

 

Os alimentos oferecidos nos primeiros anos de vida serão decisivos para os futuros hábitos alimentares da criança.


Motivo 2

Estimula obesidade e outras doenças.


Segundo recomendação da Associação Americana do Coração (AHA, na sigla em inglês), crianças e adolescentes de 2 e 18 anos devem ingerir, no máximo, 25 gramas (100 calorias) de açúcar adicionado por dia, o que equivale a seis colheres de chá.

 

O açúcar é altamente calórico. São 387 calorias para cada 100 gramas. A média de consumo das crianças nos EUA é de 80 gramas de açúcar por dia, mais de três vezes o recomendado.

 

A qualidade das pequenas refeições ao longo do dia é fundamental. Pois determinados alimentos, em um único lanche, pode conter 25g de açúcar. Bebidas açucaradas, como refrigerantes, chás, sucos industrializados e bebidas energéticas, são a principal fonte de açúcar adicionado. Esses alimentos formam uma dieta de alto risco para problemas cardiovasculares, doenças renais e obesidade. Além e claro, campo fértil para as doenças bucais.

 

Uma dieta equilibrada em açúcar é fundamental para saúde sistêmica e bucal das crianças!


Motivo 3

Alteração da microbiota intestinal.


A microbiota é conjunto de microrganismos, fungos e bactérias, que habitam áreas do nosso corpo como a cavidade oral e o trato gastrointestinal, entre outras partes do nosso organismo. Existem aqueles que fazem bem ao nosso organismo e aqueles prejudiciais a ele. Os do “bem” já são reconhecidos como a primeira linha de defesa contra diferentes patógenos.

 

O açúcar é o alimento preferido de bactérias e fungos do “mal”, que fortalecidos por ele irão se multiplicar e predominar. De forma resumida e simplificada: quanto mais açúcar a criança e o adolescente consomem, mais bactérias e fungos ruins eles vão cultivar no intestino e boca, maior será a disbiose intestinal e bucal.

 

A Disbiose intestinal e bucal é justamente o desequilíbrio, no qual as bactérias ruins do intestino ou da boca predominam em relação as boas.

 

Quando isso ocorre no intestino, a digestão e absorção são prejudicadas, e podem influenciar uma série de doenças. Quando ocorre na boca, criam um ambiente propicio para o surgimento da cárie e outras doenças bucais.

 

Evitar o consumo de açúcar é fortalecer a saúde sistêmica e bucal do seu filho!


Motivo 4

Vicia o cérebro.


O desejo de comer açúcar não fica restrito ao paladar. Ele tem o poder de fazer o cérebro liberar dopamina, um neurotransmissor que atua no sistema nervoso e proporciona sensações de prazer, bem-estar e relaxamento.

 

O estímulo influencia o humor, o cérebro da criança e adolescente vira uma “festa”, uma incrível sensação de prazer que alimenta o cérebro a sempre pedir mais.

 

Eis que surge a ansiedade em busca de mais dopamina e o cérebro aprende rápido a reconhecer quais são os produtos que detonam esse gatilho. Um mecanismo similar ao que as drogas promovem, ao atuarem no centro de recompensas do cérebro. O prazer gerado tem uma intensidade muito maior que a dos alimentos e atividades normais, o que gera o vício desde a infância.


Motivo 5

Atenção a diabetes tipo 2.


O Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2) pode acometer adolescentes, principalmente os obesos. Sabemos que uma dieta desequilibrada nos primeiros anos de vida, rica em açúcar, favorece a obesidade, e poderá influenciar a diabetes tipo 2.

 

A doença reflete a resistência das células à ação da insulina, isto é, a insulina já não consegue mais transportar a glicose para dentro das células, logo a glicose fica acumulada no sangue causando hiperglicemia.

 

Os sintomas do DM2 podem envolver sede, urina freqüente em grande quantidade e falta de energia. O diabetes tipo 2 sinaliza a dificuldade do organismo em aproveitar o excesso de açúcar da forma correta, que deveria ser utilizando como combustível para as células. Estudos indicam que pessoas com alto consumo de açúcar e doces têm uma probabilidade maior de desenvolver essa patologia.

 

O controle da glicemia sanguínea é fator chave para a prevenção e redução do risco de diversas doenças e até do envelhecimento precoce. Como avaliar se seu filho pode estar desenvolvendo diabetes tipo 2? A dosagem da taxa de açúcar no sangue (glicemia) e a detecção de açúcar e/ou cetonas na urina são exames fundamentais para o diagnóstico.


Motivo 6

Ansiedade e baixa energia.


Quando uma criança ingere doces em demasia, ela estará temporariamente inibindo a capacidade das suas células de defesa enfrentarem invasores, favorecendo infecções, ao prejudicar a capacidade de defesa do organismo, tornando a criança mais vulnerável à ação de vírus e bactérias, entre outras doenças.

 

O açúcar contribui para um sistema imunológico enfraquecido, processo no qual ele produz moléculas mais reativas associadas à inflamação. Essa inflamação pode danificar células e tecidos, logo causar doenças.

 

Ter uma alimentação rica em doces ao longo do dia, prejudicará a ação do sistema imunológico continuamente, expondo a criança a maiores riscos de infecções externas por vírus e bactérias, diminuindo a capacidade de defesa do organismo.

 

Influencie uma dieta saudável na vida do seu filho, o consumo regular de frutas, verduras, legumes e oleaginosas auxiliam na redução do risco de infecções.

 

Invista em pratos coloridos para que não faltem os principais nutrientes. Alimentos vermelhos, como tomate e morango, são ricos em licopeno. Os brancos como leite e derivados, têm boa concentração de cálcio. Amarelos e laranjas como mamão, laranja e cenoura possuem vitamina C e betacaroteno.


Motivo 7

Imunidade prejudicada.


Estudos recentes derrubaram o mito do benefício do consumo de açúcares em termos de "energia". Pesquisadores de várias instituições europeias revisaram 31 estudos anteriores que avaliaram o estado do humor e atestaram que a ingestão de alimentos ricos em carboidrato não trazem nenhum efeito positivo relevante na disposição e concentração, e contribuem para sensação de fadiga e queda no estado de alerta em até 1 hora.

 

É crescente a consciência de que o consumo rotineiro de açúcares e carboidratos em excesso pelas crianças, promove picos diários de insulina, que podem se transformar rapidamente em irritação, mau humor e ansiedade.

 

A partir desse momento pode surgir um ciclo vicioso, pois para lidar com a ansiedade e os sentimentos de frustração, a criança poderá buscar mais açúcar, gerando um ciclo prejudicial a sua saúde física e emocional.

 

Controle uma rotina alimentar saudável na vida do seu filho, com baixa ingestão de carboidratos ricos em açúcar, que podem causar uma série de problemas para sua saúde sistêmica e bucal.



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O "Agosto Dourado" é um mês dedicado à promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno. Vamos valorizar sua importância para saúde do bebê e sua influencia sistêmica para saúde mais plena do bebê. O leite materno é um alimento com diversos benefícios. Mais do que saciar a fome, ele é fonte plena de saúde. É, naturalmente, indispensável nos primeiros momentos da existência. A recomendação mundial é que o aleitamento materno seja exclusivo até os 6 meses e complementada até pelo menos 2 anos. O Pré-Natal Odontológico é fundamental para adequada preparação da mãe neste processo, assim como, sua influência para saúde bucal e sistêmica da mãe e do bebê. Confira 7 verdades plenas de saúde: 1 O LEITE MATERNO É UMA “VACINA” NATURAL PARA O BEBÊ. Estudos tem demonstrado que leite materno atua como uma “vacina” natural, sendo a maneira mais eficiente de prevenir doenças infecciosas no início da vida. Durante a amamentação ocorre a transferência de imunoglobulinas antimicrobianas maternas. Isso promove uma imunidade passiva à criança amamentada enquanto seu sistema imunológico está amadurecendo. De acordo com o estado imunológico materno, e nutrientes encontrados no leite materno, respostas imunes regulatórias podem ser induzidas a longo prazo nos bebês amamentados. 2 O LEITE MATERNO PODE TER EFEITO PROTETOR CONTRA OBESIDADE INFANTIL O aumento da obesidade infantil é uma grande preocupação em saúde pública. Muitos estudos têm demostrado que o aleitamento materno tem um efeito protetor significativo contra obesidade em crianças. 3 O LEITE MATERNO TEM POTENCIAL DE PREVENIR DOENÇAS ALÉRGICAS Eczemas, alergias alimentares e asma são as doenças alérgicas crônicas mais comuns na infância em muitos países. Existem evidências que eventos ocorridos no início da vida, tais como variações nos padrões de amamentação, dieta materna, exposição ao ambiente e micro-organismos podem ser importantes na sua evolução. O leite humano tem imenso potencial na prevenção de grande parte das doenças alérgicas. 4 O LEITE MATERNO PODE DIMINUIR A INCIDÊNCIA DE LEUCEMIA NA INFÂNCIA A amamentação é uma medida de saúde pública altamente acessível e de baixo custo. Estudos indicam que a promoção do aleitamento materno por 6 meses ou mais pode ajudar a diminuir a incidência de leucemia na infância, além de outros benefícios para a saúde de crianças e mães. 5 O LEITE MATERNO É FATOR DE PROTEÇÃO CONTRA OTITE A otite média é a principal causa da prescrição de antibióticos em crianças. Dois terços de todas as crianças pelo menos já experimentam um episódio de otite média antes dos 7 anos de idade. Estudos indicam que o Aleitamento materno é um fator de proteção contra a otite média na infância. 6 CRIANÇAS AMAMENTADAS TEM 35% MENOS CHANCES DE TER DIABETES TIPO 2 Estudos de alta qualidade indicam que a amamentação diminuiu as chances de diabetes tipo 2. Indivíduos amamentados também foram menos propensos a serem obesos e apresentaram pressão arterial sistólica menor. 7 O LEITE MATERNO PROTEGE CONTRA INFECÇÕES DO TRATO RESPIRATÓRIO O aleitamento materno protege a criança contra infeções do trato respiratório superior e inferior. A duração da amamentação por 6 meses ou mais está associada a um risco reduzido de infecções do trato respiratório em crianças pré-escolares. Esses achados são compatíveis com a hipótese de que o efeito protetor da amamentação para infecções do trato respiratório persiste após a infância, portanto sustentando a recomendação atual para amamentação por pelo menos 6 meses. FONTE: SBP – Sociedade Brasileira de Pediatria
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Normalmente, quando pensamos em bactérias, construímos uma imagem negativa, associada a doenças e problemas. Esse é um viés de julgamento errado, sustentado por meias verdades. Por isso, como tudo na vida, precisamos ir mais a fundo para chegarmos aos fatos da mais consistente realidade. Fatos essenciais - entendendo a Microbiota Bucal A cavidade bucal - um ambiente predominantemente quente, fonte de nutrientes e água - é um ambiente ideal para a colonização destes micro-organismos, com diversas estruturas que podem ser morada de bactérias, como os nossos dentes, a língua e a gengiva. Logo, temos em nossa boca uma rica diversidade de micro-organismos: arqueas, bactérias, fungos, protozoários e vírus. As bactérias são os micro-organismos mais predominantes e formam um ecossistema de aproximadamente 700 espécies. Quando essa diversidade entra em desequilíbrio surgem os problemas bucais! O desequilíbrio entre as bactérias boas e ruins O ponto mais relevante desta lógica é entender que a nossa microbiota bucal é composta por micro-organismos “bons”e “ruins”, que devem coexistir de maneira harmônica e equilibrada, entre si e com o hospedeiro. Os lactobacilos são importantes para a digestão dos alimentos e a proteção da cavidade oral contra patógenos. Existem também os famosos Streptococcus mutans e Porphyromonas gingivalis, que podem ser prejudiciais, quando presentes em grande número. Em crianças, jovens e adultos com boa higiene bucal, as bactérias "boas" e "ruins" coexistem de forma equilibrada. Mas se por algum motivo nossa microbiota é modificada, podemos ter nesse desequilíbrio a origem de diversos problemas bucais. Disbiose e as doenças bucais Quando as bactérias ruins dominam a cavidade bucal, criam o ambiente ideal para o surgimento de uma série de doenças bucais. Placa bacteriana e Tártaro Estimuladas pela má higienização, as bactérias do “mal”, começam a proliferar. Esse aglomerado excessivo de bactérias “ruins” adere na superfície dos dentes, formando um Biofilme sobre ele: a famosa placa bacteriana. Quando o biofilme endurece forma o tártaro. A cárie A placa bacteriana e consequentemente, o tártaro serão só uma das consequências da disbiose bucal. O aumento das bactérias “ruins” começará a promover uma série de doenças bucais, como a cárie, gengivite, periodontite, entre outras. O desequilíbrio da microbiota promove o aumento do número de Streptoccus mutans, consequentemente, uma maior produção de ácidos que atacam o esmalte e a dentina dentária, estimulando o risco de desenvolvimento de cáries. Gengivite É nesse mesmo ambiente hostil que ganham terreno microorganismos como o P.gingivalis, capazes de induzir reações inflamatórias na junção gengival-dentária, e originar a gengivite e consequentemente, a periodontite. A gengivite é a forma mais comum e leve da doença periodontal. Ela provoca irritação, vermelhidão e inflamação na gengiva que circunda a base dos dentes. Quando não é tratada pode evoluir para uma doença gengival mais severa: a periodontite. A periodontite é a inflamação crônica das gengivas e toda estrutura de suporte dos dentes (osso e ligamento periodontal). Seus sintomas são sangramento das gengivas, mau hálito, mudanças no posicionamento dos dentes, recessão gengival (alongamento dos dentes), perda óssea e dor. Como prevenir a Disbiose Bucal Bom, não restam dúvidas de que a higienização é parte essencial de prevenção e manutenção de uma microbiota bucal equilibrada. Isso envolve escovar os dentes por dois minutos pelo menos três vezes por dia, sem esquecer de higienizar a língua. E fazer uso do fio dental pelo menos uma vez por dia. Mas podemos e devemos aprofundar prevenção, integrando nutrientes ao nosso organismo, que fortaleçam tanto nossa saúde sistêmica como a bucal. Logo, os cuidados com a alimentação da criança devem ser diários e serão decisivos para um ambiente bucal mais saudável. Dietas pobres, baseadas em industrializados, ricas em açúcares serão sempre prejudiciais para o equilíbrio da microbiota bucal da criança. O uso de probióticos na saúde bucal Os probióticos já ganham reconhecimento, normalmente focados na área gastrointestinal. Novos estudos têm associado o consumo de cepas probióticas – que contém microrganismos vivos – para auxiliar na prevenção e tratamento da saúde bucal, como reforço ao combate da disbiose oral, com diferentes cepas probióticas indicadas para cada caso, que atuam como escudos de proteção contra disbiose, ajudando a promover a harmonia da microbiota oral. Lactobacillus rhamnosus, Lactobacillus pentosus, Lactobacillus plantarum, Lactobacillus rhamnosus, Lactobacillus delbrueckii subsp. bulgaricus são exemplos de cepas probióticas que ajudam a manter uma microbiota bucal mais saudável. CONSULTE SUA ODONTOPEDIATRA REGULARMENTE Crianças precisam visitar seu dentista a cada 3 a 6 meses. Acompanhar não somente possíveis doenças, mas prevenir um ambiente fértil e equilibrado, logo saudável para boca. Isso é saúde bucal!