A maloclusão na vida do seu filho.

A maloclusão é um conjunto de falhas nos dentes e no desenvolvimento orofacial. Um dos principais motivos que levam crianças e adolescentes aos consultórios todos os anos. É uma desordem do desenvolvimento do complexo craniofacial, envolvendo a disposição dos dentes no arco dentário e sua correlação com as bases ósseas e estruturas relacionadas de forma desarmônica.


Estima-se que até os 05 anos, 75% das crianças apresentam algum tipo de maloclusão, geralmente causadas pela disfunção dos tecidos moles da cavidade oral (lábio, a língua, bochechas, céu da boca e gengiva), gerada pelos maus hábitos miofuncionais.


A maloclusão atinge os ossos maxilares, língua, músculos faciais, dentes decíduos e permanentes, e podem causar alterações funcionais como respiração, disfunções temporomandibulares, fala, mastigação, deglutição, dificuldade na higienização e insatisfações estéticas, que podem impactar sua qualidade de vida, assim como, influenciar o contexto social da criança e do adolescente, gerando perda da autoestima, até depressão e ansiedade.


A maloclusão pode ter aspectos hereditários, mas também por cárie dentária, lesões pulpares e periapicais, traumatismo dentário, anormalidade do desenvolvimento e hábitos orais.


Existem 4 tipos principais de maloclusões: mordida aberta, mordida cruzada, sobremordida e apinhamento. Estes problemas ocupam posição de destaque na escala de prioridades dos problemas orais, sendo consideradas como um problema de saúde pública pela OMS (organização mundial da saúde.



A cárie na infância é uma das doenças mais comuns no atendimento odontológico da criança. Caso ela gere a perda precoce do dente, poderá alterar as características da oclusão da criança. Se a cárie não for tratada pode ocasionar a redução da carga mastigatória ou a mastigação assimétrica, alterando a disposição dos contatos oclusais e mastigação unilateral podendo comprometer o desenvolvimento e crescimento da face, resultando em maloclusões e deformidades dento-faciais .


Quanto mais cedo for o diagnóstico da má oclusão ou de problemas que podem influenciar seu desenvolvimento, mais eficientes, simples e ágeis poderão ser os tratamentos, como o tratamento ortodôntico ou ortopédico funcional precoce para prevenção das alterações no encaixe da mordida e posicionamento dentário.


Atuar antes ou durante o problema impedirá que este se instale ou progrida, evitando alterações oclusais, desequilíbrios mastigatórios, atrofias de arcadas, problemas nas articulações têmporo-mandibulares, assimetrias faciais e alterações de desenvolvimento das estruturas da face e boca.


Ao diagnosticar e tratar as possíveis alterações precocemente, previne-se o desenvolvimento de problemas mais sérios na dentição permanente, minimizando ou até eliminando o uso de aparelhos ortodônticos no futuro. Outro benefício é poder minimizar a futura necessidade de extrações de dentes permanentes, como pré-molares, por falta de espaço nas arcadas e em casos mais severos, até a necessidade de cirurgias ortognáticas, em que as alterações esqueléticas são muito grandes.


Problemas que podem ser evitados com algumas dicas:

●  Preservar a adequada respiração nasal, prevenindo que a criança se torne um respirador bucal, evitando assim maior facilidade para resfriados e alergias respiratórias;


●  Corrigir hábitos orais, como uso de chupetas ou dedos, que prejudicam o adequado desenvolvimento bucal da criança.


●  Prolongar e manter a amamentação pelo seio materno o maior tempo possível;


●  Evitar o uso prolongado de mamadeiras;


●  Introduzir alimentos mais consistentes que incentivem a criança a realizar os corretos movimentos mastigatórios da mandíbula, estimulando toda a musculatura, articulação e arcadas


●  Visita regular a odontopediatra para prevenção e tratamento de cáries, restaurações ou infecções.


Por isso é fundamental acompanhar o desenvolvimento da criança para que seja possível antecipar o aparecimento dos problemas oclusais (na mordida). Visite sua odontopediatra regularmente!


A Dra Daniela Hildebrand é especialista em odontopediatria em Brasília. Compartilha sua sólida experiência de diagnóstico e análise no atendimento dos seus pacientes em sua clínica particular.


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O "Agosto Dourado" é um mês dedicado à promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno. Vamos valorizar sua importância para saúde do bebê e sua influencia sistêmica para saúde mais plena do bebê. O leite materno é um alimento com diversos benefícios. Mais do que saciar a fome, ele é fonte plena de saúde. É, naturalmente, indispensável nos primeiros momentos da existência. A recomendação mundial é que o aleitamento materno seja exclusivo até os 6 meses e complementada até pelo menos 2 anos. O Pré-Natal Odontológico é fundamental para adequada preparação da mãe neste processo, assim como, sua influência para saúde bucal e sistêmica da mãe e do bebê. Confira 7 verdades plenas de saúde: 1 O LEITE MATERNO É UMA “VACINA” NATURAL PARA O BEBÊ. Estudos tem demonstrado que leite materno atua como uma “vacina” natural, sendo a maneira mais eficiente de prevenir doenças infecciosas no início da vida. Durante a amamentação ocorre a transferência de imunoglobulinas antimicrobianas maternas. Isso promove uma imunidade passiva à criança amamentada enquanto seu sistema imunológico está amadurecendo. De acordo com o estado imunológico materno, e nutrientes encontrados no leite materno, respostas imunes regulatórias podem ser induzidas a longo prazo nos bebês amamentados. 2 O LEITE MATERNO PODE TER EFEITO PROTETOR CONTRA OBESIDADE INFANTIL O aumento da obesidade infantil é uma grande preocupação em saúde pública. Muitos estudos têm demostrado que o aleitamento materno tem um efeito protetor significativo contra obesidade em crianças. 3 O LEITE MATERNO TEM POTENCIAL DE PREVENIR DOENÇAS ALÉRGICAS Eczemas, alergias alimentares e asma são as doenças alérgicas crônicas mais comuns na infância em muitos países. Existem evidências que eventos ocorridos no início da vida, tais como variações nos padrões de amamentação, dieta materna, exposição ao ambiente e micro-organismos podem ser importantes na sua evolução. O leite humano tem imenso potencial na prevenção de grande parte das doenças alérgicas. 4 O LEITE MATERNO PODE DIMINUIR A INCIDÊNCIA DE LEUCEMIA NA INFÂNCIA A amamentação é uma medida de saúde pública altamente acessível e de baixo custo. Estudos indicam que a promoção do aleitamento materno por 6 meses ou mais pode ajudar a diminuir a incidência de leucemia na infância, além de outros benefícios para a saúde de crianças e mães. 5 O LEITE MATERNO É FATOR DE PROTEÇÃO CONTRA OTITE A otite média é a principal causa da prescrição de antibióticos em crianças. Dois terços de todas as crianças pelo menos já experimentam um episódio de otite média antes dos 7 anos de idade. Estudos indicam que o Aleitamento materno é um fator de proteção contra a otite média na infância. 6 CRIANÇAS AMAMENTADAS TEM 35% MENOS CHANCES DE TER DIABETES TIPO 2 Estudos de alta qualidade indicam que a amamentação diminuiu as chances de diabetes tipo 2. Indivíduos amamentados também foram menos propensos a serem obesos e apresentaram pressão arterial sistólica menor. 7 O LEITE MATERNO PROTEGE CONTRA INFECÇÕES DO TRATO RESPIRATÓRIO O aleitamento materno protege a criança contra infeções do trato respiratório superior e inferior. A duração da amamentação por 6 meses ou mais está associada a um risco reduzido de infecções do trato respiratório em crianças pré-escolares. Esses achados são compatíveis com a hipótese de que o efeito protetor da amamentação para infecções do trato respiratório persiste após a infância, portanto sustentando a recomendação atual para amamentação por pelo menos 6 meses. FONTE: SBP – Sociedade Brasileira de Pediatria
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Normalmente, quando pensamos em bactérias, construímos uma imagem negativa, associada a doenças e problemas. Esse é um viés de julgamento errado, sustentado por meias verdades. Por isso, como tudo na vida, precisamos ir mais a fundo para chegarmos aos fatos da mais consistente realidade. Fatos essenciais - entendendo a Microbiota Bucal A cavidade bucal - um ambiente predominantemente quente, fonte de nutrientes e água - é um ambiente ideal para a colonização destes micro-organismos, com diversas estruturas que podem ser morada de bactérias, como os nossos dentes, a língua e a gengiva. Logo, temos em nossa boca uma rica diversidade de micro-organismos: arqueas, bactérias, fungos, protozoários e vírus. As bactérias são os micro-organismos mais predominantes e formam um ecossistema de aproximadamente 700 espécies. Quando essa diversidade entra em desequilíbrio surgem os problemas bucais! O desequilíbrio entre as bactérias boas e ruins O ponto mais relevante desta lógica é entender que a nossa microbiota bucal é composta por micro-organismos “bons”e “ruins”, que devem coexistir de maneira harmônica e equilibrada, entre si e com o hospedeiro. Os lactobacilos são importantes para a digestão dos alimentos e a proteção da cavidade oral contra patógenos. Existem também os famosos Streptococcus mutans e Porphyromonas gingivalis, que podem ser prejudiciais, quando presentes em grande número. Em crianças, jovens e adultos com boa higiene bucal, as bactérias "boas" e "ruins" coexistem de forma equilibrada. Mas se por algum motivo nossa microbiota é modificada, podemos ter nesse desequilíbrio a origem de diversos problemas bucais. Disbiose e as doenças bucais Quando as bactérias ruins dominam a cavidade bucal, criam o ambiente ideal para o surgimento de uma série de doenças bucais. Placa bacteriana e Tártaro Estimuladas pela má higienização, as bactérias do “mal”, começam a proliferar. Esse aglomerado excessivo de bactérias “ruins” adere na superfície dos dentes, formando um Biofilme sobre ele: a famosa placa bacteriana. Quando o biofilme endurece forma o tártaro. A cárie A placa bacteriana e consequentemente, o tártaro serão só uma das consequências da disbiose bucal. O aumento das bactérias “ruins” começará a promover uma série de doenças bucais, como a cárie, gengivite, periodontite, entre outras. O desequilíbrio da microbiota promove o aumento do número de Streptoccus mutans, consequentemente, uma maior produção de ácidos que atacam o esmalte e a dentina dentária, estimulando o risco de desenvolvimento de cáries. Gengivite É nesse mesmo ambiente hostil que ganham terreno microorganismos como o P.gingivalis, capazes de induzir reações inflamatórias na junção gengival-dentária, e originar a gengivite e consequentemente, a periodontite. A gengivite é a forma mais comum e leve da doença periodontal. Ela provoca irritação, vermelhidão e inflamação na gengiva que circunda a base dos dentes. Quando não é tratada pode evoluir para uma doença gengival mais severa: a periodontite. A periodontite é a inflamação crônica das gengivas e toda estrutura de suporte dos dentes (osso e ligamento periodontal). Seus sintomas são sangramento das gengivas, mau hálito, mudanças no posicionamento dos dentes, recessão gengival (alongamento dos dentes), perda óssea e dor. Como prevenir a Disbiose Bucal Bom, não restam dúvidas de que a higienização é parte essencial de prevenção e manutenção de uma microbiota bucal equilibrada. Isso envolve escovar os dentes por dois minutos pelo menos três vezes por dia, sem esquecer de higienizar a língua. E fazer uso do fio dental pelo menos uma vez por dia. Mas podemos e devemos aprofundar prevenção, integrando nutrientes ao nosso organismo, que fortaleçam tanto nossa saúde sistêmica como a bucal. Logo, os cuidados com a alimentação da criança devem ser diários e serão decisivos para um ambiente bucal mais saudável. Dietas pobres, baseadas em industrializados, ricas em açúcares serão sempre prejudiciais para o equilíbrio da microbiota bucal da criança. O uso de probióticos na saúde bucal Os probióticos já ganham reconhecimento, normalmente focados na área gastrointestinal. Novos estudos têm associado o consumo de cepas probióticas – que contém microrganismos vivos – para auxiliar na prevenção e tratamento da saúde bucal, como reforço ao combate da disbiose oral, com diferentes cepas probióticas indicadas para cada caso, que atuam como escudos de proteção contra disbiose, ajudando a promover a harmonia da microbiota oral. Lactobacillus rhamnosus, Lactobacillus pentosus, Lactobacillus plantarum, Lactobacillus rhamnosus, Lactobacillus delbrueckii subsp. bulgaricus são exemplos de cepas probióticas que ajudam a manter uma microbiota bucal mais saudável. CONSULTE SUA ODONTOPEDIATRA REGULARMENTE Crianças precisam visitar seu dentista a cada 3 a 6 meses. Acompanhar não somente possíveis doenças, mas prevenir um ambiente fértil e equilibrado, logo saudável para boca. Isso é saúde bucal!